quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

SALVE-SE QUEM PODE

Meu caro amigo
Depois de um longo tempo em que andei sumido, venho mais uma vez trazer um tema de âmbito reflexivo.
O tema é um pouco usual, mas a razão deste é fruto de várias vivências que este nosso Moçambique tem abraçado.
antigamente a vida era entendida como um dom, aliás, tirá-la não competia ao homem. O tempo se aliou na história e sempre iam moldando uma nova criatura. Um ser selvagem diferente do animal, com características humanas. Sim esse ser sem coração e sem sentimentos.
Este comanda o mundo, alegra-se com a nossa desgraça e alimenta o seu orgulho com os nossos gemidos.
estamos num mundo onde salva-se que pode.
Porquê devo fugir da casa que eu próprio construi?
porquê devo viver trancado e aprisionado no meu quintal?
Este tempo não traz liberdade, assistimos mortes e mortes e parece que da morte nós nascemos.
Hoje não precimos e ir à uma cerimónia funebre para ver um morto, porque até mesmo comemos e convivemos com os mortos no nosso meio.
Não sei até quando devemos conviver com esta realidade.
É triste ter que assistir homens e mulheres que são mortos só porque alguém quer enriquecer-se pela desgraça do outro.
Cria vergonha...
Na plena preparação do natal, alguém ganha coragem de ceifar a vida do outro só porque deve preparar a quadra festiva.
será que a quadra festiva se prepara pelo sangue dos outros.
Que podemos pensar?
É mais uma prova de que somos inactos e passivos.
será que para satisfazer a nossa valentia devemos ceifar a vida dos outros?
assim nã0 acho...